O Brasil recebeu sexta (25) o primeiro voo de uma companhia aérea ultra low cost. A argentina Flybondi fez seu voo inaugural ligando Buenos Aires ao Rio de Janeiro.
Promete passagens 40% mais baratas
Em uma ultra low cost, há ainda mais restrições, como uma taxa para fazer o check-in presencial no aeroporto. As diferenças para as aéreas tradicionais vão desde o momento da compra da passagem até o desembarque em Buenos Aires.
A Flybondi vende mais de 90% de suas passagens por meio do site próprio. Isso reduz custos ao eliminar o pagamento de comissões a intermediários, como agências de viagens. Assim, a empresa promete oferecer passagens entre 30% e 40% mais baratas que a concorrência.
No momento da compra do bilhete, o passageiro pode incluir diversos serviços extras, que variam da bagagem despachada até o café que será consumido a bordo. Segundo a empresa, é uma forma de o passageiro pagar apenas pelos serviços que usa.
Até check-in é pago
Cerca de 48 horas antes do voo, o passageiro recebe um email com o alerta para fazer o check-in online. Se ignorar o alerta e deixar para receber o cartão de embarque somente no balcão do aeroporto, precisa pagar uma taxa de cerca de R$ 20. Quanto mais pessoas fizerem o check-in online, menos funcionários a empresa precisa colocar no aeroporto, reduzindo os custos.
Cobrança de bagagem de acordo com o peso
A cobrança de bagagem nem chega mais a ser uma diferença entre as companhias aéreas de baixo custo e as tradicionais, que também cobram pelo despacho de malas no porão do avião. No entanto, enquanto a maioria das empresas tem um valor fixo para malas de até 23 kg, a Flybondi adotou faixas de preço de acordo com o peso da bagagem.
Para despachar uma mala de até 12 quilos, o valor é R$ 84,56 por trecho. Se a mala tiver até 20 quilos, o preço sobe para R$ 110,70. Se precisar de mais peso, o passageiro pode comprar mais cinco quilos por mais R$ 25,60.
Para uma ultra low cost, era de se esperar que o espaço para o passageiro fosse ainda mais reduzido do que nas companhias aéreas tradicionais. No entanto, a Flybondi adota uma configuração interna bastante semelhante à da brasileira Gol. As duas empresas usam o mesmo modelo de avião. Na Gol, são 186 assentos, e na Flybondi, 189 poltronas.
Ajudou para aumentar o conforto a bordo o fato de o voo inaugural estar com apenas 105 passageiros a bordo. Com um voo lotado, porém, os conflitos podem começar já no momento de guardar a bagagem de mão nos compartimentos internos. Caso todos os passageiros levassem uma bagagem de mão, não haveria espaço para todas as malas.
*Fonte: Uol